O Nubank
Sexta passada, dia 31 de Outubro, o CEO do Nubank juntou os times em uma reunião para anunciar que não vão mais usar o modelo de home office e começar a usar o híbrido - o que pode matar o home office de uma vez.
Pelo que dizem, teve discussão no chat da reunião e alguns mal entendidos em memes e coisas assim… no final, ficou um clima que eles chamaram de “acalorado” que no fim acabou causando a demissão de 12 pessoas e um monte de advertências.
Só que isso me despertou uma preocupação sobre esse movimento de “return to office”.
O retorno ao escritório e o efeito dominó
Muitas empresas estão “desmontando” o home office e levando os funcionários de volta pro escritório pelo menos 2 vezes na semana há um bom tempo.
Já tem meses que eu vejo e até recebo muitas propostas de vagas híbridas que são de até 4 dias na semana no escritório ou completamente presencial.
E agora, com essa mudança brusca do Nubank, é normal esperar que muitas outras empresas sigam o exemplo da roxinha.
Já ouvi de amigos e colegas que depois desse anúncio tiveram o mesmo tipo de reunião anunciando o fim do home office (exceto pela parte das demissões dos que discordaram).
A justificativa: “construção de cultura”
Bem, no caso do Nubank, eles argumentam que o motivo é a “construção de cultura” que estava prejudicada.
Só falta descobrir se é a cultura de comunicação aberta ou a de intimidar os dissidentes.
Seja como for, esse parece ser um grande passo em direção ao fim do home office que conhecemos e isso pode ser um problema tanto pra quem mora quanto pra quem não mora nas grandes capitais.
O impacto nas grandes cidades e fora delas
Para os moradores delas o problema é simples: mobilidade. Porque em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, viajar duas horas para o trabalho não é incomum e impacta muito a vida de quem precisa.
E para os não moradores o número de vagas diminui: a maioria das empresas está nas grandes capitais, o que pode forçar pessoas a se mudarem para elas ou aceitarem a empresa mais próxima de casa.
No fim das contas
Sei que tem pessoas que defendem o presencial por motivos pessoais ou por “networking”, mas ninguém se beneficia mais com o presencial do que as empresas que lutam tanto por ele.